sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Theraphosa stirmi

 Theraphosa stirmi é uma aranha da familha theraphosidae é maior aranha do mundo chegando a ter 49 centímetros e pesar 600 gramas está no número 10 das aranhas mais venenosa .

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Digito, logo existo


          Resolvi atualizar um texto que escrevi anos atrás por achar que ainda é pertinente para uma boa reflexão nos dias de hoje:  Digito, logo existo!

         Na atualidade é impossível viver sem o uso, ou melhor, a presença da tecnologia informatizada. Ele está a nossa volta, organizando, vigiando, ampliando, facilitando, envolvendo, entretendo... nossa vida pessoal e social. Se antes a tônica filosófica e científica estava alicerçada no cogito cartesiano, ou seja, no “Penso, logo existo”, hoje para muitos de nossos jovens a máxima é: “Digito, logo existo”. Passamos a existir na medida em que estamos conectados, hiperlinkados a esse novo mundo instantâneo e digital. Existimos na mesma medida que somos "visualizados"  e "curtidos".  Verificamos isso no crescimento exponencial de todos os sites de relacionamentos: instagran, facebook, twitter, wattsapp e tantos outros. Cada vez é mais tênue a linha que separa nossa vida “real” da vida “virtual”. Hoje o virtual é real. Ser "cancelado" é a morte

        Minha pergunta é: como deixar tudo isso fora da escola? E a resposta gigantesca que salta a nossa frente é: impossível. A escola tem que estar conectada com a vida dos alunos, das pessoas em geral. Não se pode pensar numa escola hoje que ainda acredita que estas novas ferramentas de comunicação e hiperconexão com um mundo de informações e de pessoas não deva estar incluída nos novos currículos e cotidianos escolares. Sim, sei que tudo isso é novo e desafiante, mas é a nova realidade. Precisamos trabalhá-la, pedagógica e didaticamente para que possamos refinar o uso dessas novas tecnologias e usá-la
s a serviço da educação. Talvez esteja na hora de pararmos de brigar com o uso de celulares e ipod’s nas escolas ou de usarmos o computador como mera substituição do quadro. Temos que, portanto, ousarmos mais e criarmos mais. Inventar – palavra que deve sempre estar presente na educação– novos meios de aproveitar estes recursos para fins educativos. Ou fazemos isso, ou corremos o risco de estarmos novamente gastando nossa energia com mais uma “caça às bruxas” em nossa história.

Se para existir hoje é preciso digitar, não podemos nós, em nome da velha e “boa educação”, negar este aspecto do contexto existencial dos nossos alunos. A educação é caminho para a existência plena. Mais do que fórmulas e regras, o grande desafio educacional sempre será ensinar a viver, coexistir num mundo repleto de desafios e realizações. Está mais do que na hora de a educação conectar-se definitivamente com este novo cenário e ocupar seu lugar neste hipertexto escrito por todos nós.

quinta-feira, 24 de março de 2016

As ideias movem o Mundo

Texto inspirado em Antônio Prado de Mendonça. 

O filósofo grego Aristóteles narra, em uma de suas obras, que a rainha de Siracusa indagou ao poeta da corte o que era mais importante: ser rico ou ser sábio? “Rico”, respondeu o poeta, acrescentando que sempre via os sábios batendo à porta dos ricos, nunca o contrário.

O mesmo Aristóteles, entretanto, diz que o filósofo Antístenes, sabendo disso, explicou que assim acontecia porque os sábios – justamente por serem sábios – sabiam do que precisavam e, os ricos, por não saberem do que careciam, ignoravam estes.

A verdade é que não foi a riqueza que mudou mundo. As imensas fortunas de reis e imperadores, sempre ruíram ao longo da história. Toda riqueza acaba com a morte de quem a possui e, não raro, motiva ignomínia entre herdeiros. Só as ideias permanecem. Elas são as molas propulsoras da humanidade.

As ideias, já dizia Platão, são formas, modelos e paradigmas perfeitos e imutáveis, que constitui um mundo transcendente, do qual somos apenas uma mera cópia tosca, grosseira. Ou seja: não passamos de uma miragem da realidade do mundo das ideias.

Por isso considero que cada homem deve ser um pé de árvore que frutifique ideias. Devemos ser ideias ambulantes e genuínas, embora Platão ache que, em termos de ideias, apenas copiamos as já existentes no mundo transcendente.

Uma ideia, no entanto, não pode morrer em si. Não pode ser como uma árvore que não dá fruto. As ideias de cada um de nós devem ser dominadas, lapidadas e executadas. Assim, estaremos transformando a nossa própria vida e o mundo em que vivemos.

Sei que é pedir demais, querer que cada um de nós seja absolutamente original. Contudo, se, pelo menos vivermos conforme nossas ideias, já estaremos contribuindo imensamente para uma vida, onde a possibilidade de uma relação verdadeira seja almejada.

Nem sempre temos a verdadeira noção do poder transformador que possuem as ideias. A força delas é algo magnífico e, não é por outra coisa que, em nome delas, se fundam filosofias, religiões, ideologias.

Li, em algum lugar, que os sucessos de Alexandre, o Grande, de um César e de um Napoleão, são insignificantes perante a compreensão que as ideias filosóficas, de forma transformadora, deram ao mundo, pois é o pensamento que transforma a face da humanidade.

Antes do homem construir a roda, veio primeiro a ideia dela, assim também como ao advento da palavra, o pensamento desta o antecedeu. Sem ideia o próprio homem não existe. “Penso, logo existo”, resumiu Descartes.

Mas, para que as ideias sejam realmente um importante fruto da razão humana, é necessário que elas floresçam, dêem frutos e alimentem a humanidade com as mais magníficas iguarias, fartando-nos de tudo o que nos seja essencial.

Do ponto de vista pessoal garanto que sou governado por minhas próprias ideias, e faço delas o meu cavalo de batalha, o meu mote de vida e a minha arma de combate no cotidiano, afinal, não me prendo aos modismos ou as facilidades dos pensamentos prêt-à-porter.

Uma ideia, entretanto, somente será conseqüente se cumprir um caminho que parte de si mesma, passando pela vontade – que é a intencionalidade humana – e chegando até a ação, onde o ato se concretiza, e o pensamento se ilumina.

Nesse caso, a firmeza de vontade se faz necessária para que se conduza à ação. Ora, as ideias, ficando apenas no campo da ideias, são sementes que não dão frutos. Mas para que elas realmente dêem frutos devem ser, convenientemente, tratadas. Caso contrário estaremos apenas jogando sementes em terra infértil.

“Não há vento favorável para quem não sabe a que porto se dirige”, escreveu Sêneca, famoso filósofo estóico latino. Deduzo disso que devemos ser donos dos nossos próprios narizes, tendo as nossas próprias ideias e vivendo conforme os nossos princípios, sem nos deixarmos levar pelos encantos dos cantos do Japiim.

Já disse um filósofo contemporâneo que, na vida humana, ou vivemos de acordo com o que pensamos, ou acabamos pensando de acordo com o nosso modo de viver. Quem menospreza a força das ideias acaba, portanto, pensando como vive e não vivendo como pensa.

Ninguém tem sentimento se não tiver ideia dele, logo, ninguém ama se não for capaz de pensar e, por fim, ninguém vive, se não tiver a mínima ideia do que seja a vida.

Tenha, portanto, a sua própria ideia, a sua própria luz para iluminar o seu próprio caminho. Assim, você terá o que todo ser humano deve ter: luz própria. E não precisará viver à sombra de ninguém.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Paulo Freire, um educador para a paz!

Como sabemos, Freire, nascido no Brasil em 1921, fez grandes contribuições teóricas que impactaram fortemente a educação e, de modo especial, a educação popular.  Freire propôs uma educação popular baseada na conscientização, na colaboração, na participação e na responsabilidade social e política dos sujeitos envolvidos. Freire (1996) insere a educação no âmbito ético e político, retirando sua suposta “neutralidade” perante a História. Assim educar é conscientizar para que o sujeito assuma seu papel na mudança social. Educar é ajudar o educando a dizer sua palavra, se colocar como protagonista do mundo e da história
(...) o mundo não é. O mundo está sendo. Como subjetividade curiosa, inteligente, interferidora na objetividade com que dialeticamente me relaciono meu papel no mundo não só o de quem constata o que ocorre, mas também o de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da História, mas sou sujeito igualmente, no mundo da História, da cultura, da política, constato não para me adaptar, mas para mudar. (Freire, 1986, p. 76-77)

Paulo Freire, na Pedagogia do Oprimido (1986) e na Pedagogia da Esperança (1992), nos mostra o grande poder da palavra. É operando a palavra que nos tornamos sujeitos e, como tais, capazes de ler e escrever a história. Ao dizer a sua palavra, o sujeito cria/recria o mundo, e, ao fazê-lo, cria/recria a si mesmo, num processo contínuo e infindável de autoconstrução e desconstrução. É nesse processo que acontece a emancipação.  Freire nos ensina que o construir-se, o biografar-se, o existenciar-se só é possível através da autonomia e de uma relação ética com o outro. Ao falar sobre libertação, ele afirma: ou ela é um processo coletivo, ou não será verdadeiramente autêntica. O dialogo só é possível entre iguais.

domingo, 27 de abril de 2014

Psicanálise

"O que se deseja não é geralmente o que se quer. A questão é que frequentemente, quando temos muito do que pensamos que desejamos, o resultado pode ser o horror. A psicanálise faz algo que pode parecer simples: te confrontar sem desculpas com o que você realmente quer. É horrível de assumir. Nossa posição natural é a hipocrisia: desejamos algo, mas preferimos não ter o que queremos ".
SLAVOJ ZIZEK

sábado, 3 de março de 2012

Faça seu próprio caminho!


Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida.
- ninguém, exceto tu, só tu.
Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias.
Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar.
Onde leva?
Não perguntes, segue-o!”
Friedrich Nietzsche


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

DEZ PONTOS DE PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA NO MEIO ESCOLAR

Nos últimos anos, a violência tem sido experimentada também como um problema educacional, seja por sua emergência dentro da própria comunidade escolar -violência na escola-, seja pela consciência das relações que se estabelecem entre o fato social e a educação violência da escola.
A SMED desde 1995 tem desenvolvido o programa "Ação Contra a Violência na Escola", em parceria com o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS, procurando compreender as relações sócio-econômicas presentes nos atos de violência ocorridos no meio escolar e apontar ações para sua redução, tanto em nível pedagógico quanto no de articulação com a comunidade mais ampla.
Em 4 de julho de 2000, foi promulgada a Lei Municipal no 8541, que institui o Programa de Prevenção à Violência nas escolas da rede municipal de ensino de Porto Alegre, com os seguintes objetivos:
. fortalecer as relações comunitárias e disseminar ações de solidariedade e cidadania;
. articular a comunidade da região para, com base em diagnósticos, desenvolver ações de promoção e garantia de direitos, especialmente de combate à violência e de valorização da vida;
. desenvolver estratégias de trabalho por meio de parcerias com instituições governamentais e não-governamentais para operacionalizar ações de combate à violência;
. estreitar as relações da escola com a comunidade, reforçando-a como espaço de apoio às ações solidárias;
. formar comissões regionais de prevenção à violência nas escolas, para coordenar e definir as ações.

Dando continuidade a este trabalho e no esforço de implementação da lei municipal, a SMED propõe um programa de dez pontos de prevenção da violência entendendo a prevenção, em seu sentido amplo, como toda ação que visa compreender, reduzir, dissolver, evitar, contrapor toda e qualquer manifestação de violência no meio escolar. Para tal, são apresentadas as seguintes políticas e estratégias:
1 - Refletir sistematicamente a problemática da violência no meio escolar
As questões relativas à violência no meio escolar são ainda pouco conhecidas e abrangem um vasto complexo de causas e variáveis, exigindo um aparelho sistemático de reflexão e estudo e o despreendimento do viés emocional que geralmente acompanha o debate sobre o tema. A tentação, sempre a vencer, é a do simplismo ou do reducionismo em busca de uma compreensão do fato social em suas várias dimensões: física, psicológica, simbólica, social, etc.
- instalando o Fórum Municipal de Prevenção à Violência nas Escolas, com a participação de representantes das secretarias municipais, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Municipal de Educação, Conselho Municipal de Entorpecentes, Ministério Público, Juizado de Infância e Adolescência, Conselho Tutelar, Ordem dos Advogados do Brasil;
- implementando as Comissões Regionais de Prevenção à Violência nas oito regiões da SMED;
- constituindo o grupo de estudos sobre políticas públicas em relação a violência no meio escolar;
- organizando seminário sobre a violência em meio escolar;
- estudando a base de dados da pesquisa realizada sobre a temática;
- oportunizando contato com textos sobre a temática, através de bibliotecas e grupos de leitura; publicando textos;
- socializando a bibliografia sobre a temática;
- avaliando sistematicamente as políticas e ações realizadas.

2 - Assumir a não-violência como referencial de toda ação de prevenção à violência
As respostas em relação à violência no meio escolar terão alcance reduzido enquanto permanecerem restritas as medidas de contenção da violência.
Para superá-la, é preciso colocar-se a partir de um outro ângulo e posicionamento: a não-violência, entendida não apenas como negação (ausência) da violência, mas em sua concepção propositiva de justiça e solidariedade.
- disponibilizando dados e informações sobre práticas não-violentas realizadas em escolas, movimentos populares e sociais, comunidades;
- assumindo práticas e campanhas não-violentas e por uma pedagogia não-violenta;
- destacando elementos e atitudes de não-violência;
- incluindo datas com referenciais não-violentos no calendário da SMED;
- criando uma home-page e um boletim virtual da não-violência na escola;
- criticando a violência presente nas vivências escolares.

3 - Desenvolver a educação para a paz como caminho de superação da violência no meio escolar
As questões relativas à violência no meio escolar são, em primeiro lugar, um problema pedagógico e como tal devem ser tratadas. Violência e paz, como fatos sociais, se aprendem.
A educação para a paz tem emergido como um espaço de crítica da violência cultural imposta pela sociedade (currículo oculto da violência) e de capacitação das pessoas para ações na linha da não-violência.
- organizando cursos de educação para a paz para professores;
- desenvolvendo projeto piloto das Oficinas da Paz como espaço de aprendizado e do exercício do protagonismo juvenil em torno de ações pela paz e pela não-violência;
- incluindo conteúdos sobre a paz, não-violência e direitos humanos no projeto pedagógico das escolas.

4 - Capacitar a escola para constituir-se em núcleo e centro promotor da paz e da cultura de paz
É preciso reconhecer que a violência também se aprende na escola.
A escola, como outros agentes da sociedade, tanto tem expressado como tem produzido violência.
A compreensão ocidental de educação ainda associa por demais aprendizagem com punição, premiação, repressão, etc.
Para a superação da violência no meio escolar, é preciso diminuir o potencial criador de violência da escola e transformá-la num núcleo e centro promotor de paz, aperfeiçoando seu potencial gerador de não-violência e relações solidárias e cidadãs.
- desenvolvendo uma campanha propositiva: Escola, aqui se aprende a não-violência;
- inventariando as ações pela paz já realizadas e em curso na escola e em outros espaços da comunidade;
- constituindo Conselhos pela Paz em todas as escolas da rede municipal de ensino de Porto Alegre;
- organizando espaços de discussão com a comunidade escolar sobre a temática;
- organizando, nas escolas, bibliotecas e arquivos sobre violência e paz no meio escolar;
- divulgando, através da internet, experiências realizadas nas escolas para a construção de uma cultura de paz.

5 - Aprimorar as relações humanas na comunidade escolar
A violência, como um fato humano e um atributo da sociedade, sempre se manifesta em forma adjetiva, como característica e expressão das relações sociais.
Não existe a violência em si, mas relações sociais violentas.
Daí a importância de, num programa de prevenção à violência no meio escolar, oportunizar o aprimoramento das relações humanas na comunidade escolar como referência básica e vislumbrar uma nova compreensão de currículo que, como conjunto de vivências e experiências realizadas na escola, visa o estabelecimento de relações humanas profundas e o aprendizado de formas de resolução não-violenta de conflitos.
- organizando cursos de resolução não-violenta de conflitos para a comunidade escolar;
- valorizando e retomando os princípios de convivências estabelecidos na constituinte escolar de 1995 e referendados em 2000;
- desenvolvendo projeto de recreios auto-gestionados por alunos e pais;
- valorizando as pessoas (alunos, professores, funcionários, pais, etc.) como sujeitos.

6 - Fortalecer espaços democráticos no sistema escolar
A violência, muitas vezes, apresenta-se como uma forma de expressão dos que não têm acesso à palavra e como a crítica mais radical à tradição autoritária.
Quando a palavra não é possível, a violência se afirma e a condição humana é negada.
Neste sentido, a reversão e a alternativa à violência passa pelo resgate e devolução do direito à palavra, pela oportunidade da expressão das necessidades e reivindicações do sujeitos, pela criação de espaços coletivos de discussão, pela sadia busca do dissenso e da diferença.
- garantindo o conselho escolar como espaço coletivo de discussão;
- garantindo aos alunos espaços de reivindicação e expressão de suas necessidades;
- favorecendo a participação dos alunos e professores no OP da escola.

7 - Fortalecer a cidadania, o protagonismo juvenil e a mobilização social na linha da paz, não-violência e direitos humanos
Muito da exaltação da violência no mundo atual, conforme Hannah Arendt, provêm da degradação da ação política e cidadã. A promoção e o desenvolvimento da ação geradora do novo e da cidadania apresenta-se como uma alternativa de diminuir a violência que surge no vácuo da participação social.
As experiências educativas mais conseqüentes, aquelas que têm obtido um resultado mais eficaz nas alternativas à violência, são exatamente aquelas que estão conseguindo criar espaço de ação política em seu próprio seio.
A juventude tem se mostrado muito aberta e receptiva a tudo que vem promover e desenvolver a cidadania e o protagonismo juvenil.
- apoiando grupos de não-violência: hip-hop, capoeira, tai-chi-chuan, grafitagem, etc.;
- participando nos movimentos sociais, de direitos humanos e pacifistas;
- participando de debates e eventos propostos por outras instituições sobre violência em meio escolar;
- desenvolvendo campanha contra brinquedos de guerra;
- capacitando multiplicadores de ações não-violentas junto à juventude;
- integrando os grupos organizados (gangues) no trabalho de prevenção.

8 - Incentivar projetos de integração escola e comunidade
A diminuição da violência na escola e através da escola está ligada à sua caracterização e consolidação como espaço público e não privado ou restrito a determinados setores da sociedade.
A escola pública reconhece suas raízes comunitárias como espaço de manifestação da liberdade, de relação entre iguais, de prática de cidadania e de enriquecimento do humano.
- retomando o vínculo da escola com o orçamento participativo;
- realizando oficinas culturais e artísticas, esporte e lazer, nos finais de semana;
- participando das reuniões da associação dos moradores, clubes de mães, escolas de samba, etc.
- desenvolvendo parcerias com organizações não-governamentais para operacionalizar ações de combate à violência;
- fortalecendo a escola como pólo articulador da rede de atendimento às crianças e adolescentes.

9 - Construir estratégias cidadãs de segurança
Pelas vinculações da escola com a sociedade, a problemática da violência no meio escolar apresenta relações com a questão da segurança, entendida como estratégia cidadã para garantir a vida das pessoas e dos equipamento públicos que estão a serviço do desenvolvimento desta mesma vida.
- formando e capacitando a guarda municipal como educador social;
- discutindo o papel do policiamento comunitário visando a construção de uma nova relação entre a escola e a polícia;
- divulgando e realizando debates sobre o ECA;
- realizando ações que atendam situações de risco;
- elaborando coletivamente uma cartilha para a guarda municipal;
- procurando caminhos de superação da problemática da droga na escola;
- debatendo com os agentes e instâncias de segurança pública estratégias cidadãs de segurança.

10 - Criar espaços de apoio às vítimas da violência
O trabalho de prevenção à violência no meio escolar não pode desconhecer as conseqüências que as relações sociais violentas trazem para as crianças, adolescentes e jovens, tanto transformando-os em vítimas como em desencadeadores de atos violentos.
Atender e acompanhar as vítimas da violência de forma organizada e sistemática é uma demonstração de responsabilidade ética de uma sociedade que se reconhece ela mesmo como violenta em seus padrões, atitudes e normas.
- organizando comitês de atendimento às vítimas da violência nas regiões;
- articulando com outros serviços de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência;
- encaminhando para atendimento as famílias e/ou responsáveis pelas crianças vítimas de violência;
- realizando o acompanhamento pelo serviço de orientação das crianças e adolescentes desencadeadores de atos violentos;
- acompanhando cada criança vitimizada pela droga e sua família

http://www.educapaz.org.br/modules/wfsection/article.php?articleid=2