terça-feira, 16 de novembro de 2010

O que é o Belo?


A estética é o pensamento filosófico que estuda a arte e o belo.

Derivada do Grego aísteses (percepção), a palavra estética remete à compreensão proveniente da apreensão sensível, a intuição da beleza.

No posfácio de seu livro A origem da obra de arte, o filósofo alemão Martin Heidegger afirma que: "Desde o tempo em que despontou uma reflexão expressa sobre a arte e os artistas, tal reflexão se chamou estética". Todavia, como área da filosofia, a estética deve ser diferenciada do estudo da história da arte. Enquanto este procura descrever as diversas manifestações artísticas, em seus elementos específicos e gerais, a estética, como todo pensamento filosófico, busca pensar a condição de possibilidade, a origem, de toda manifestação artística.

Roteiro de Estudos 2º ano -Introdução a Estética

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

ETNOCENTRISMO


O conceito de etnocentrismo parte do estudo do grande choque e da grande estranheza que se dá no encontro de dois ou mais grupos diferentes. Surge, então, o grupo do "eu" e o grupo do "outro", tendo o primeiro como real, absoluta e principal referência e a segunda como algo exótico, excêntrico, anormal, exuberante e primitivo. No contexto do Descobrimento da América, a problematização dessa expressão se deu de forma mais grave, pois como o grupo do eu (colonizador) tinha o recurso da força das armas de fogo, se achou no direito de definir o grupo do outro (índio) segundo seus princípios e valores e exercer a grande dificuldade moral e intelectual que tinham de conviver com a diferença cultural, social e emocional deste povo, impondo que suas manifestações eram selvagens, esdrúxulas, antropófagas, pré-históricas e precisavam serem destruídas ou "civilizadas". Essa iniciativa causou em toda a história da formação do continente americano genocídios, pré-conceitos, preconceitos, manipulações ideológicas, julgamentos precipitados e sérias distorções culturais, comportamentais e educacionais na construção do conhecimento da trajetória do ameríndio na nossa "civilização ocidental", pois jamais lhe era dado o direito e o dever de falar de si e por si próprio, sendo sempre mau interpretado e estereotipado em filmes e livros didáticos ora como brabo, ora como manso, ora como preguiçoso, ora como incapaz, ora como bobo e nunca como ser pensante, inteligente dotado de cultura, tradições e costumes.
Esta visão de mundo é o pontapé inicial para a construção de uma ciência que
trabalhe a diferença entre os seres humanos de forma que essas mesmas diferenças não causem hostilidades e sim alternativas e possibilidades diversas à superação de limites existenciais comuns de abertura do "eu" para o "outro" ou vice-versa. Esta ciência é a "Antropologia" que através da teoria da relativização, criada após a teoria do evolucionismo (diferentes graus de evolução de grupos sociais no processo progressivo do des
envolvimento humano), se preocupou em refletir sobre o conceito de cultura e descentralizar qualquer tipo de ideologia, apresentando aspectos, nuanças e características na abertura da multiplicidade de pontos de vista, soluções e perguntas sobre o saber científico.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Destino ou acaso? O que rege nossas vidas?



A fatalide da existência colo em xeque nossa liberdade. Será que existe algum destino? Tudo que nos acontece tem algum sentido? Só morremos realmente quando é a nossa hora? Prefiro acreditar que, como diz Sartre, somos condenados a ser livres, condenados porque não tivemos escolha e, jogados no mundo, temos que tomar decisões (ou omissões) que alteram nossa existência e de outras pessoas. "Somos só o que conseguimos ser"...ou não.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

"Teclo, logo existo!"


Na atualidade é impossível viver sem o uso, ou melhor, a presença da tecnologia informatizada. Ele está a nossa volta, organizando, vigiando, ampliando, facilitando, envolvendo, entretendo... nossa vida pessoal e social. Se antes a tônica filosófica e científica estava alicerçada no cogito cartesiano, ou seja, no “Penso, logo existo”, hoje para muitos de nossos jovens a máxima é: “Teclo, logo existo”. Passamos a existir na medida em que estamos conectados, hiperlinkados a esse novo mundo instantâneo e digital. Verificamos isso no crescimento exponencial de todos os sites de relacionamentos: Orkut, facebook, MSN, twitter e tantos outros. Cada vez é mais tênue a linha que separa nossa vida “real” da vida “virtual”. Hoje o virtual é real.
Minha pergunta é: como deixar tudo isso fora da escola? E a resposta gigantesca que salta a nossa frente é: impossível. A escola tem que estar conectada com a vida dos alunos, das pessoas em geral. Não se pode pensar numa escola hoje que ainda acredita que estas novas ferramentas de comunicação e hiperconexão com um mundo de informações e de pessoas não deva estar incluída nos novos currículos e cotidianos escolares. Sim, sei que tudo isso é novo e desafiante, mas é a nova realidade. Precisamos trabalhá-la, pedagógica e didaticamente para que possamos refinar o uso dessas novas tecnologias e usá-las a serviço da educação. Talvez esteja na hora de pararmos de brigar com o uso de celulares e ipod’s nas escolas ou de usamos o computador como mera substituição do quadro. Temos que, portanto, ousarmos mais e criarmos mais. Inventar – palavra que deve sempre estar presente na educação– novos meios de aproveitar estes recursos para fins educativos. Ou fazemos isso, ou corremos o risco de estarmos novamente gastando nossa energia com mais uma “caça às bruxas” em nossa história.
Se para existir hoje é preciso teclar, não podemos nós, em nome da velha e “boa educação”, negar este aspecto do contexto existencial dos nossos alunos. A educação é caminho para a existência plena. Mais do que fórmulas e regras, o grande desafio educacional sempre será ensinar a viver, coexistir num mundo repleto de desafios e realizações. Está mais do que na hora de a educação conectar-se definitivamente com este novo cenário e ocupar seu lugar neste hipertexto escrito por todos nós.