sexta-feira, 28 de maio de 2010

Destino ou acaso? O que rege nossas vidas?



A fatalide da existência colo em xeque nossa liberdade. Será que existe algum destino? Tudo que nos acontece tem algum sentido? Só morremos realmente quando é a nossa hora? Prefiro acreditar que, como diz Sartre, somos condenados a ser livres, condenados porque não tivemos escolha e, jogados no mundo, temos que tomar decisões (ou omissões) que alteram nossa existência e de outras pessoas. "Somos só o que conseguimos ser"...ou não.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

"Teclo, logo existo!"


Na atualidade é impossível viver sem o uso, ou melhor, a presença da tecnologia informatizada. Ele está a nossa volta, organizando, vigiando, ampliando, facilitando, envolvendo, entretendo... nossa vida pessoal e social. Se antes a tônica filosófica e científica estava alicerçada no cogito cartesiano, ou seja, no “Penso, logo existo”, hoje para muitos de nossos jovens a máxima é: “Teclo, logo existo”. Passamos a existir na medida em que estamos conectados, hiperlinkados a esse novo mundo instantâneo e digital. Verificamos isso no crescimento exponencial de todos os sites de relacionamentos: Orkut, facebook, MSN, twitter e tantos outros. Cada vez é mais tênue a linha que separa nossa vida “real” da vida “virtual”. Hoje o virtual é real.
Minha pergunta é: como deixar tudo isso fora da escola? E a resposta gigantesca que salta a nossa frente é: impossível. A escola tem que estar conectada com a vida dos alunos, das pessoas em geral. Não se pode pensar numa escola hoje que ainda acredita que estas novas ferramentas de comunicação e hiperconexão com um mundo de informações e de pessoas não deva estar incluída nos novos currículos e cotidianos escolares. Sim, sei que tudo isso é novo e desafiante, mas é a nova realidade. Precisamos trabalhá-la, pedagógica e didaticamente para que possamos refinar o uso dessas novas tecnologias e usá-las a serviço da educação. Talvez esteja na hora de pararmos de brigar com o uso de celulares e ipod’s nas escolas ou de usamos o computador como mera substituição do quadro. Temos que, portanto, ousarmos mais e criarmos mais. Inventar – palavra que deve sempre estar presente na educação– novos meios de aproveitar estes recursos para fins educativos. Ou fazemos isso, ou corremos o risco de estarmos novamente gastando nossa energia com mais uma “caça às bruxas” em nossa história.
Se para existir hoje é preciso teclar, não podemos nós, em nome da velha e “boa educação”, negar este aspecto do contexto existencial dos nossos alunos. A educação é caminho para a existência plena. Mais do que fórmulas e regras, o grande desafio educacional sempre será ensinar a viver, coexistir num mundo repleto de desafios e realizações. Está mais do que na hora de a educação conectar-se definitivamente com este novo cenário e ocupar seu lugar neste hipertexto escrito por todos nós.